Recomeço: fazendo da minha casa, meu lar...

Nossa casa é nosso espelho. Cuidar bem dela é cuidar bem de nós mesmas. Durante esses dois anos e meio em que estive longe desse blog, fui buscar dentro de mim respostas que me ajudassem a entender o que estava acontecendo fora. 

Confesso que não foi fácil, muitas vezes achei que nunca encontraria essas respostas. Desde que comprei minha casa, achei que seria um sonho realizado. Porém, aos poucos o que era um sonho foi se transformando em pesadelo. 

Eu não tinha dinheiro pra investir em uma grande obra. No início até fiz algumas alterações na cozinha e banheiro, mas os outros cômodos continuaram da mesma forma. E aí entrou o desânimo. Um desânimo tão grande, a ponto de me travar. Não conseguia fazer nada para melhorar minha casa. Não conseguia me movimentar em direção ao meu sonho. 

Um dia dei uma repaginada na varandinha da frente, pintando as paredes e ajeitando. E travei de novo.

Fiz o curso Reconexão Ghar, da Érika Karpuc e descobri que na verdade o que estava me travando era a COMPARAÇÃO. Eu salvei mil referências, seguia mil perfis de “casa de sonhos”, passava a maior parte do meu tempo olhando essas referências e pensando:

– Nossa, é assim que eu quero minha casa, é assim que vai ficar! 

Entretanto, quando olhava ao meu redor e não via nada daquilo, ficava frustrada. E pior, travava. 

Ao invés de botar a mão na massa e fazer o melhor que eu podia pra mudar aquela situação, eu chorava e me lamentava. Quando descobri o que estava me travando, parei de seguir vários perfis de “casas de sonhos”, parei de ficar salvando fotos de referências. Aos poucos fui vendo que tinha que trabalhar minha mente. 

Quando a gente começa a organizar e limpar nossa casa com amor e cuidado, sem se limitar a comparações com a casa de outras pessoas, com referências de capas de revistas, sem olhar para padrões, estilos de decoração, etc, a gente começa a enxergar aquilo que realmente importa. Comecei a perceber que o problema não era a decoração da minha casa, a falta de pintura em alguns cômodos, as paredes imperfeitas. Vi que era EU que precisava parar e agradecer tudo o que eu já tenho. Olhar com amor para minha casa, cuidar dela como algo que precisa de cuidados para ficar bonita e saudável. Vi que “não preciso de paredes perfeitas, eu preciso ser feliz” como a Érika sempre diz. 

E assim, aos poucos comecei a ver que não preciso seguir nenhum estilo de decoração, preciso seguir meu estilo. Me cercar de coisas que fazem sentido pra mim, que me trazem boas recordações, que sejam agradáveis aos meus olhos.

Hoje, minha casa não mudou quase nada. O que mudou foi a minha forma de enxergar minha casa.

Ela ainda precisa de alguns reparos, porém não me angustio mais.  Sigo cuidando dela com amor e carinho. Limpando e organizando. Fazendo dela meu lar.